segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A MEMORIA DE CEZAR, UM GANHADOR DE FESTIVAIS

MAS CANTE TAMBÉM (Rui Agostinho)

Poetas, jovens cantores tupis
Cantem esse mundo novo,
Que não verei mas virá,
E por certo será um dia, 
Um canto de todo homem.

Que se ouvira na Amazônia,
Nos colégios, rodas de amigos,
Na casa dos sertanejos,
Nas cercanias mineiras.

No subúrbio carioca,
No mato, na Vila Cruzeiro,
Nas caatingas, nos imbuzeiros,
Na terra dos cariris.

Primitivos cantadores,
Gente de pé no chão,
Vozes que são do nordeste,
Oriundas do sertão.

Poetas das Alagoas,
Pastoreiem teu povo sofrido,
Retoma "de vez por todas"
Teus fetiches, religiões.

Recolhe teu grande acervo, 
No mangue, nos milharais,
Nas ladeiras das cidades,
Nos mirantes, grandes postais.

Seja parafuso e porca,
Sem meias-verdades, ardis,
E faça teu canto inteiro,
Ser ouvido nesses "brasis".

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