domingo, 11 de novembro de 2012

AVENIDA BRASIL - UMA VISÃO PESSOAL

Tenho me ausentado das publicações deste nosso blog. algumas dificuldades com relação a tudo que venho vendo, tomando conhecimento e por conta também do que poderia chamar de  "Parada Estratégica". Neste exato momento, me descubro saudoso das coisas das quais tenho tentado me afastar e, por isso lá vai mais um post. Eu não consegui resistir. AVENIDA BRASIL,  Não fosse esse o assunto do momento, responsável por um congestionamento gigante que entupiu de carros apressados nossas avenidas, dirigidos por pessoas ávidas de não se atrasarem para assistir o ultimo capitulo da novela global "Avenida Brasil", teria passado totalmente despercebido para mim que já havia escrito algumas reflexões sobre esta mesma avenida em um passado distante. Mesmo não sendo o único que se serviu dela para sair da "Cidade Maravilhosa" e vir morar em Maceió, me senti na obrigação de visualiza-la do antigo Gazômetro até suas primeiras ramificações, em seus mínimos detalhes. Lembrei-me que foi ela que me acolheu em suas veias num trânsito louco e conturbado, conduzindo para a frente, sempre em frente em seus milhares de metros, pavimentada pelo melhor do concreto existente na época de sua construção. Percebi então ainda no início do percurso, da importância do ir e vir de uma realidade para outra, da esperança que tinha de mudanças em minha vida. Da rota, caminho que me levaria a um novo destino, ela era o princípio e eu transitei por esta avenida que de dia, ampara e conduz em suas veias os anseios e as expectativas de muitos brasileiros viajantes. De noite, a Avenida Brasil se transforma num rosário de luzes e cada uma de suas contas encerra uma oração por uma vida melhor.  Eu fui um desses, que ao deixar o Rio de Janeiro, esperança viva e forte de algo novo, olhei para trás muitas vezes e vi todos os subúrbios, todos os lugares que a margeiam, desaparecerem lentamente as minhas costas, como a água quando escoa num sorvedouro. E me senti inseguro e pensei que esta rodovia seria ao mesmo tempo, um misto de esperança, temor e medo pelo novo. So dei por mim quando já subia a Serra de Petrópolis. Pois bem, aqui estou . morando em Maceió.Lá se vão 39 anos. O momento autentico de minha partida eu consegui registrar em minha memória e de lá nunca mais sairá. Esse momento, muito importante para mim, também esta imortalizado na minha poesia,"Chegada a Maceió" (ver posto abaixo), que traz a exata visão do que senti no momento de meu embarque, num ônibus da "ITAPEMIRIM", lá na Rodoviário Novo Rio. Mudou a paisagem urbana mas a memória afetiva, ainda não.

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